Você segue uma rotina de cuidados com a pele, usa produtos recomendados, mas aquelas lesões no rosto (ou em outras áreas do corpo) não desaparecem. Já pensou que pode não ser acne?
Diversas condições de pele se parecem com acne, mas exigem tratamentos completamente diferentes. Persistir no tratamento errado pode agravar a situação e gerar frustração, marcas ou até outros problemas de saúde.
Neste artigo, conheça as principais doenças que se manifestam com erupções parecidas com espinhas — e entenda por que é fundamental contar com o diagnóstico de um dermatologista.
6 condições de pele que se parecem com acne
1. Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
Como se apresenta:
Acne persistente, especialmente na linha da mandíbula, acompanhada de sintomas como:
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- Queda de cabelo
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- Crescimento de pelos no rosto
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- Áreas escurecidas e espessas (acantose nigricante)
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- Menstruação irregular
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- Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer
- Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer
Tratamento:
Envolve controle hormonal, alimentação adequada, medicamentos para acne e acompanhamento ginecológico e dermatológico.
2. Rosácea
Como se apresenta:
Vermelhidão central no rosto, com lesões que lembram espinhas, mas sem cravos. Pode causar:
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- Ardor ou queimação
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- Sensibilidade extrema da pele
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- Irritação nos olhos
- Irritação nos olhos
Tratamento:
Controla os sintomas e reduz a inflamação. Pode envolver cremes específicos, medicamentos orais e proteção solar rigorosa.
3. Ceratose pilar
Como se apresenta:
Pequenas bolinhas vermelhas ou brancas e ásperas, mais comuns nos braços e coxas.
Geralmente indolor e associada a histórico familiar.
Tratamento:
Não é uma doença grave. Cremes hidratantes com ureia ou ácido lático ajudam a melhorar a textura da pele.
4. Hidradenite supurativa
Como se apresenta:
Lesões inflamadas, semelhantes a espinhas ou furúnculos, localizadas em áreas onde a pele se toca: axilas, virilha, nádegas, seios ou parte interna das coxas.
Com o tempo, podem vazar pus e formar túneis sob a pele.
Tratamento:
Precisa ser iniciado precocemente para evitar cicatrizes e complicações. Pode incluir antibióticos, tratamentos imunológicos ou cirurgia.
5. Dermatite perioral
Como se apresenta:
Erupções ao redor da boca, nariz e olhos, com sensação de ardência e coceira.
Pode surgir após uso prolongado de corticoides tópicos, cosméticos ou cremes pesados.
Tratamento:
Suspensão do produto causador e introdução de cremes e medicamentos apropriados. O quadro pode durar meses se não for tratado.
6. Cloracne
Como se apresenta:
Pontos pretos e cistos com aspecto acinzentado, geralmente em pessoas expostas a substâncias tóxicas, como pesticidas e herbicidas.
Tratamento:
É raro, mas exige retirada da exposição e acompanhamento médico. Os sintomas melhoram com o tempo e tratamento dermatológico.
Por que o diagnóstico correto é essencial?
Tratar acne quando a lesão não é acne pode causar mais danos do que benefícios. Muitas dessas condições requerem abordagem específica e só podem ser corretamente identificadas por um dermatologista.
Erupções que persistem por meses, que pioram com tratamento convencional ou que surgem acompanhadas de outros sintomas sistêmicos merecem atenção imediata.
Conclusão: quando a espinha não é só uma espinha
Autodiagnóstico e uso indiscriminado de produtos para acne podem piorar condições mais complexas. Por isso, ao notar que as lesões não melhoram ou que apresentam características diferentes, o ideal é procurar um especialista.
Com a avaliação certa, é possível cuidar da pele com segurança, entender o que está acontecendo e recuperar sua saúde e autoestima.
Na Clínica do Dr. Felipe Ribeiro, realizamos diagnóstico preciso e diferenciado para todos os tipos de lesões de pele.
Se você suspeita que suas “espinhas” podem ser outra condição, agende sua consulta e receba orientação personalizada.